domingo, 15 de janeiro de 2012

Mulher dá entrada em hospital, perde filho e sai sem ovário

Ela deu entrada no hospital para ter bebê. Além de perder o filho, ela perdeu um dos ovários e parte do útero.

Reprodução/TV Bahia

Foto: Reprodução/TV Bahia

A mãe de um bebê acusa a maternidade do Hospital Albert Sabin, em Salvador, de ser responsável pela morte de seu filho. Segundo ela, a maternidade forçou um parto normal mesmo depois da indicação de cesariana, que o bebê tinha mais de quatro quilos.

Além de perder o filho, Edneusa perdeu um dos ovários e parte do útero por causa de uma hemorragia. O enxoval do bebê estava pronto e tinha até uma festinha programada. Agora, ela não pode mais ter filho.

A auxiliar de cozinha Edneusa Santos Bandeira deu entrada no Hospital na sexta-feira passou por exames e de acordo com ela, duas médicas indicaram a cesariana. “Passei por duas médicas e elas me disseram que ia ser cesariana, que o bebê estava muito gordinho.Ela veio, escutou o coração do meu bebê e me disseram que meu filho ia nascer de parto normal”, afirma.


“No sábado, eu fui medicada duas vezes e eles me disseram que o remédio era para sentir dor. Minha bolsa rompeu e a médica disse que era para eu fazer força para o bebê nascer. Eu fiz força até onde eu pude. Quando resolveram fazer minha cesariana, meu filho estava morto”, relata.

“Quando eu fui para a sala de cirurgia, quando retiraram meu bebê, eu sabia que ele estava morto porque eu não sentia mais ele. Eu cheguei ao ponto de perguntar se eles não iam colocar o bebê ao meu lado. Daí em diante eu não senti mais nada porque me deram uma anestesia geral e eu apaguei”.


O advogado faz diversas acusações contra o hospital. “Forçar um parto normal, quando deveria ser cesariana indicada por outros médicos. Um outro fato muito grave foi o hospital ter pedido que o pai da criança assinasse um documento para que eles deixassem o corpo para que o próprio SUS fizesse o sepultamento”, disse Rodrigo Chierausky, advogado da família.

“Eu via tantas colegas minhas no quarto tendo seus bebês e eu , esperando para ter o meu e na hora que nasceu me dizem que ele nasceu morto. Eu não desejo isso para ninguém”, conta.

Na maternidade Albert Sabin, ninguém falou com a imprensa. A Secretaria de Saúde do Estado, responsável pelo hospital, disse que lamenta o ocorrido e que vai instaurar uma sindicância para descobrir o que aconteceu. (G1)

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