terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Celulares e tablets serão usados para fazer diagnóstico de câncer

Cientistas coreanos testam telas de toque que reconhecem proteínas relacionadas a doenças


Celulares inteligentes e tablets serão usados para diagnóstico de doenças graves, como câncer, afirmam cientistas coreanos
Foto: Divulgação
Celulares inteligentes e tablets serão usados para diagnóstico de doenças graves, como câncer, afirmam cientistas coreanos Divulgação
SEUL — Pessoas cansadas de esperar por exames médicos talvez não tenham que perder mais tempo com isso. No futuro, elas terão apenas que ligar o celular. Cientistas do Instituto Avançado de Ciência e Tecnologia da Coreia do Sul afirmam que a tecnologia touch screen de aparelhos inteligentes será aplicada no diagnóstico de várias doenças; inclusive câncer.
Em artigo na revista científica alemã “Angewandte Chemie”, os autores dizem que as telas de celulares, tablets e outros dispositivos podem ser usadas para detectar material biomolecular, assim como acontece com muitos exames médicos atuais. As telas por toque funcionam pelo reconhecimento dos sinais elétricos do
cientistas acreditam que a presença de DNA e proteínas específicas também podem ser analisadas desta forma, segundo Hyun-gyu Park, um dos líderes do estudo.
Químicos biológicos como proteínas e moléculas de DNA também carregam cargas elétricas específicas. E experimentos coreanos mostraram que as telas táteis detectam a presença e a concentração de moléculas de DNA em contato com elas. Este, dizem cientistas, pode ser um primeiro passo para usar o celular em exames de diagnóstico.
— Confirmamos que as telas de toque são capazes de reconhecer as moléculas de DNA com cerca de 100% de precisão, como os exames convencionais. E acreditamos que o mesmo acontecerá com as proteínas; algumas delas são usadas habitualmente para diagnóstico de câncer, como, por exemplo, tumor de fígado.
A equipe coreana está desenvolvendo atualmente uma lâmina com materiais reativos capaz de identificar químicos biológicos específicos. Assim os cientistas esperam que as telas táteis reconheçam diferentes substâncias biomoleculares. Como não é possível urinar ou colocar sangue na tela, a amostra seria aplicada numa banda, que será inserida no telefone ou num módulo adicional do aparelho.

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