Remédio para ansiedade pode ser usado contra alcoolismo
Para pesquisadores de Cambridge, propanolol apagaria memória afetiva relacionada à bebida
RIO — O propanolol, prescrito para tratar ansiedade, poderá, em
breve, combater também o alcoolismo, segundo pesquisadores da
Universidade de Cambridge. Eles acreditam que a droga, um
betabloqueador, é capaz de obstruir determinadas lembranças armazenadas
na memória afetiva que, sabe-se, são responsáveis por provocar recaídas
entre os alcoólatras. A descoberta será apresentada no Festival de
Ciências de Cambridge, esta semana. Se confirmada, ela promete
revolucionar o tratamento do alcoolismo.
A descoberta começou a tomar forma quando uma pesquisa anterior mostrou que a droga poderia apagar da memória de ratos o desejo de ingerir álcool. O novo estudo será o primeiro a observar o que acontece quando se altera a memória dos alcoólatras em relação à bebida. Os cientistas acreditam que o propanolol pode ajudar a evitar que a lembrança de pessoas ou locais relacionados ao ato de beber na mente de um alcoólatra o levem ao próximo copo.
O propanolol atua nos receptores beta-adrenérgicos no cérebro, que ajudam a estabelecer a memória afetiva. Os cientistas acreditam que ele seja capaz de bloquear a emoção associada a determinadas lembranças. O trabalho para confirmar ou descartar esta hipótese será financiado pelo Conselho de Pesquisa Médica, entidade governamental britânica.
Os envolvidos no trabalho são pesquisadores do Instituto de Comportamento e Neurociência de Cambridge, que pretendem recrutar um grande número de dependentes de álcool para um ensaio clínico com propanolol ainda este ano.
— Tradicionalmente, a memória é vista como algo semelhante a um livro, que pode ser guardado mas jamais modificado uma vez impresso. Nós agora achamos que a memória é mais como um arquivo de texto, que você salvar e depois alterar ou até deletar — disse a médica Amy Milton, a líder do grupo, à versão on-line do jornal “The Daily Mail”
A descoberta começou a tomar forma quando uma pesquisa anterior mostrou que a droga poderia apagar da memória de ratos o desejo de ingerir álcool. O novo estudo será o primeiro a observar o que acontece quando se altera a memória dos alcoólatras em relação à bebida. Os cientistas acreditam que o propanolol pode ajudar a evitar que a lembrança de pessoas ou locais relacionados ao ato de beber na mente de um alcoólatra o levem ao próximo copo.
O propanolol atua nos receptores beta-adrenérgicos no cérebro, que ajudam a estabelecer a memória afetiva. Os cientistas acreditam que ele seja capaz de bloquear a emoção associada a determinadas lembranças. O trabalho para confirmar ou descartar esta hipótese será financiado pelo Conselho de Pesquisa Médica, entidade governamental britânica.
Os envolvidos no trabalho são pesquisadores do Instituto de Comportamento e Neurociência de Cambridge, que pretendem recrutar um grande número de dependentes de álcool para um ensaio clínico com propanolol ainda este ano.
— Tradicionalmente, a memória é vista como algo semelhante a um livro, que pode ser guardado mas jamais modificado uma vez impresso. Nós agora achamos que a memória é mais como um arquivo de texto, que você salvar e depois alterar ou até deletar — disse a médica Amy Milton, a líder do grupo, à versão on-line do jornal “The Daily Mail”
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