quarta-feira, 28 de março de 2012

Por falta de entendimento com o município, obstetrícia do HGCA será transferida para o HEC

Segundo Zé Neto, com a implantação do serviço no HEC, o Hospital da Mulher perde recursos, pois, financeiramente receberia pelos procedimentos que eram do Clériston.

Ed Santos / Acorda Cidade

Na manhã desta terça-feira (27), o secretário de saúde do estado da Bahia, Jorge Solla, confirmou, em entrevista ao repórter Ed Santos do Acorda Cidade, que o atendimento de obstetrícia do Hospital Geral Clériston Andrade (HGCA) será transferido para o Hospital Estadual da Criança (HEC).
“Estamos preparando um novo contrato, pois o atual vence em junho. O Clériston tem uma demanda muito grande de pacientes de urgência e emergência e, a gente vem muito tempo tentando convencer a Prefeitura Municipal a aumentar a obstetrícia do hospital municipal (Hospital da Mulher), e transferir a pediatria de para o Hospital da Criança. Infelizmente, nada foi feito. Então, se uma proposta não se concretiza, a gente trabalha outra”.
O deputado estadual Neto, líder do governo na Assembleia Legislativa, disse que o município não está colaborando com o estado nesse sentido.

“Estamos mais de um ano tentando fazer com o Hospital da Mulher fique responsável por toda obstetrícia do município e mande para o HEC todo o atendimento de crianças de . O secretário de saúde, Getúlio Barbosa, até se interessou pela causa, mas o município não.”
Ele acrescentou que na semana passada o Clériston não teve vaga para atender pacientes de alta complexidade porque a unidade estava lotada de parturientes.
 
“Têm dias que atendemos 18 partos que não são de alto risco. As pessoas chegam na porta do hospital e tem que ser atendidas, com essa medida, vamos resolver definitivamente o problema de suporte”
 
HOSPITAL DA MULHERSegundo Neto, com a implantação do serviço no HEC, o Hospital da Mulher perde recursos, pois, financeiramente receberia pelos procedimentos que eram do Clériston.
 
“O município está involuindo quando se fala em saúde e, com isso, o estado tem que entrar em setores que não são da nossa competência”
 
Neto finalizou a entrevista dizendo que, com essa medida, pode acontecer com o Hospital da Mulher, o mesmo que aconteceu com o Hospital Municipal da Criança, “entrar em período  de ostracismo”.

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