Funcionários do Hospital Clériston Andrade cobram salários atrasados
Eles afirmam que já estão com dois meses sem receber e reclamam da falta informações.
Cerca de 90 funcionários, entre médicos, técnicos e assistentes administrativos, do Hospital Geral Clériston Andrade (HGCA) realizaram um protesto na manhã desta sexta-feira (16) em frente ao hospital, para cobrar pagamentos de salários atrasados. Eles afirmam que já estão com dois meses sem receber e reclamam da falta informações.
Fernanda, que trabalha no setor do ambulatório, contou que desde o mês de outubro está ocorrendo atrasos nos pagamentos dos salários dos funcionários do hospital. “Estamos com dois meses sem receber e quando procuramos a diretora do hospital ela diz que não tem posição. Nós não temos sindicato e estamos à toa”, afirma.
Fernanda diz ainda que não sabe de quem é responsabilidade pelo pagamento. Ela afirmou que os funcionários foram contratados pela prefeitura, mas que desde outubro a diretora do hospital informou que a responsabilidade passaria a ser do Estado. A funcionária disse também que quando o pagamento era feito pelo município, os funcionários sempre recebiam sem atrasos.
“Recebíamos sempre na data 25, mas desde outubro quando a responsabilidade passou para o estado vem ocorrendo esses problemas”, afirmou.
Raquel, que também trabalha no ambulatório, relata os mesmos problemas. “Não temos uma posição de nenhuma das partes, continuamos recebendo o contra cheque e o vale transporte pela prefeitura e nós não sabemos de quem na verdade é responsabilidade, está realmente muito difícil. Prestamos nosso serviço com responsabilidade”, contou.
A diretora do HGCA, Iraci Leite, negou que os salários estejam atrasados há dois meses. Ela explicou que esses trabalhares fazem parte de um convênio com os entes públicos entre o governo do estado e a prefeitura municipal de Feira de Santana.
“Temos aqui 94 trabalhares que na verdade recebem no mês de janeiro. No
dia 5 de março fez um mês que eles receberam o último salário. Não tem
dois meses de atraso”, assegurou.
Iraci admitiu que houve atraso por conta da forma da mudança de
pagamento. De acordo com ela, antes o repasse era feito diretamente do
fundo nacional de saúde para o fundo municipal de saúde, mas de setembro
para cá esse recurso passou a vim diretamente do fundo estadual de
saúde para o fundo municipal.
“Essa foi a única coisa que mudou, o pagamento continua sendo executado
pela Secretaria Municipal de Saúde depois que o Estado repassa o
dinheiro”, explicou.
A diretora do hospital informou que manteve contato com os gestores
estaduais e que o recurso está sendo descentralizado. “Na verdade eles
estão com um mês de salário vencido, sem pagamento, digamos 11 dias de
atraso. Esperamos que isso seja regularizado o mais rápido possível e
que seja definida uma data para que o pagamento seja executado”.
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