segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

WikiLeaks: médicos estimam que
Chávez tem de um a dois anos de vida

Presidente venezuelano está em Cuba para tratar uma lesão na região da pélvis

chávez, raul castro, 700Marcelo García/Palacio de Miraflores/EFE
Ao lado de familiares, Chávez é recebido em Cuba pelo presidente Raúl Castro

Publicidade
O WikiLeaks anunciou nesta segunda-feira (27) que começou a publicar mais de cinco milhões de emails confidenciais da Stratfor, empresa privada norte-americana de inteligência e análise estratégica. Entre os documentos, há detalhes de inteligência sobre a saúde do presidente venezuelano Hugo Chávez, que está atualmente em Cuba para uma nova cirurgia. Segundo os documentos, Chávez teria entre um e dois anos de vida.
Para médicos, Chávez tem possibilidade de se curar de câncer
Raúl Castro recebe Hugo Chávez no aeroporto de Havana
Chávez viaja para Cuba pedindo ajuda a Deus e rodeado de seguidores
De acordo com os e-mails vazados hoje pelo WikiLeaks, datados de dezembro do ano passado, o tumor de Chávez teria começado a crescer próximo da próstata e se espalhado pelo cólon, o que teria causado uma confusão sobre o tipo de tratamento.
- Uma fonte confiável explicou que o câncer se espalhou pelos gânglios linfáticos, medula óssea e coluna vertebral, ou seja, é muito sério.
Ainda de acordo com a troca de e-mail de funcionários da empresa privada norte-americana de inteligência, o presidente venezuelano é acompanhado por duas equipes, uma cubana e outra russa, e ambas estão em conflito.
A equipe russa teria acusado a cubana de ter cometido erros na primeira cirurgia, de retirada do tumor. Ainda segundo os documentos, uma segunda cirurgia teria sido feita pelos russos basicamente para corrigir os erros dos cubanos. Oficialmente, o governo venezuelano declarou que foi realizada somente uma cirurgia.
- Os russos reclamam que os cubanos não têm um tratamento (sic) de imagens adequado para tratar Chávez. O diagnóstico médico dos cubanos é de dois anos. Já o diagnóstico russo, em razão do equipamento médico inadequado, é de menos de um ano [de vida].
Segundo a fonte citada nos e-mails, a equipe médica reclamaria que o presidente venezuelano é “um paciente difícil”.
- Ele não ouve os médicos e interrompe o tratamento para fazer aparições públicas.
Exemplo disso é que Chávez teria interrompido o tratamento quimioterápico para ir ao evento da Celac (Comunidade de Estados Latino-americanos e Caribenhos), cuja cúpula de fundação estava prevista para julho e acabou sendo realizada nos primeiros dias de dezembro em Caracas.
Informações oficiais sobre Chávez
O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, foi submetido a uma cirurgia na capital cubana em 20 de junho para a retirada de um tumor maligno na pélvis, onde também recebeu os dois primeiros tratamentos de quimioterapia, em julho e agosto. Os médicos não revelaram o tipo de câncer de Chávez. Em outubro passado, ele declarou que estava livre do câncer.
Mas o venezuelano voltou este final de semana a Cuba para realizar mais uma cirurgia. Chávez declarou na semana passada que tem uma lesão de dois centímetros na mesma região pélvica de onde os médicos removeram o tumor em junho.
Wikileaks
O ativismo do site WikiLeaks, ONG sediada na Suécia, ganhou notoriedade neste ano com o vazamento de documentos confidenciais da maior potência do mundo: os Estados Unidos. A escalada de polêmicas começou em abril, ao divulgar na internet vídeos de civis iraquianos sendo mortos durante um ataque aéreo das forças militares americanas.
Desde então, os textos publicados constantemente pela organização expôs os EUA de diferentes formas: desde o seu envolvimento nas guerras do Afeganistão e Iraque, o trabalho da CIA (inteligência americana), aos relatórios confidenciais da diplomacia.

Mas o WikiLeaks não estampou o noticiário internacional apenas por causa dos vazamentos. Há uma enorme polêmica em torno de seu fundador, o australiano Julian Assange, que diz receber ameaças de morte e, ao mesmo tempo, é acusado de estupro e agressão sexual na Suécia.
Assange atualmente está na Grã-Bretanha e tenta evitar uma extradição para a Suécia, país que quer interrogá-lo pelos quatro supostos crimes sexuais.
O WikiLeaks teme que, caso Assange seja extraditado para a Suécia, Estocolmo o envie aos Estados Unidos.

Nenhum comentário:

Postar um comentário