Conheça melhor essas enfermidades que atingem o fígado e podem trazer graves consequências ao organismo
Grande problema de saúde pública no Brasil e no mundo, a hepatite é
caracterizada pela inflamação do fígado e pode ser causada tanto por
vírus como pelo uso de alguns remédios, álcool ou outras drogas. Porém, a
causa mais comum da inflamação do órgão é a hepatite viral, uma doença
silenciosa, que nem sempre apresenta sintomas. E o pior é que o
diagnóstico tardio pode causar complicações.Milhões de pessoas no Brasil são portadoras dos vírus da hepatite B ou C e não sabem. “Se a doença evolui e se torna crônica, pode trazer danos mais graves ao fígado, como a cirrose e até o câncer”, alerta o gastroenterologista Roberto José Carvalho Filho, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).
Preste atenção aos sinais
O surgimento de sintomas em pessoas com hepatite B ou C é muito raro. Entretanto, quando aparecem, são comuns sensações de cansaço, tontura, enjoos, vômitos, febre e dores abdominais, além de pele e olhos amarelados, urina escura e fezes claras. Esses sinais costumam aparecer de um a seis meses após a infecção. “Para evitar os riscos, consulte regularmente um médico. Ele poderá solicitar exames para diagnosticar a doença”, explica Roberto.
As formas de transmissão
A hepatite do tipo B é uma doença infecciosa, também chamada de soro-homóloga, causada pelo vírus B (VHB). Como o VHB está presente tanto no leite materno e no sangue quanto no esperma, a hepatite B é considerada uma doença sexualmente transmissível. “Ela pode ser transmitida por uma pessoa infectada durante as relações sexuais sem camisinha, mediante transfusão de sangue ou por meio da mãe infectada para o bebê (durante a gestação, o parto ou a amamentação). Além disso, cite-se o compartilhamento de seringas, agulhas, material de higiene pessoal (por exemplo, lâminas de barbear/depilar e alicates de unha) ou de confecção de tatuagem e colocação de piercings”, alerta o gastroenterologista.
Já a hepatite C é causada pelo vírus C (VHC), presente no sangue, podendo ter as mesmas formas de transmissão anteriormente citadas. “Entretanto, os casos de contaminação da hepatite C por meio de contato sexual são raríssimos”, conta o médico.
Prevenir é fundamental
– Tome as três doses da vacina da hepatite B. “Pode receber gratuitamente a vacina nos postos de saúde quem tem até 24 anos, além das pessoas que pertencem ao grupo de risco, como as gestantes e os profissionais da área de saúde”, explica Roberto. No entanto, ainda não existe vacina contra a hepatite C. Por isso, é essencial investir na prevenção da doença.
– Use camisinha em todas as relações sexuais.
– Verifique se agulhas ou quaisquer outros objetos que entrarão em contato com o seu sangue são descartáveis ou estão devidamente esterilizados. Tenha atenção, inclusive, com os equipamentos usados para fazer tatuagem ou colocar piercing.
– Leve seu próprio material quando for à manicure.
– Não compartilhe objetos de uso pessoal, como lâminas de barbear e depilar.
– Toda mulher grávida precisa fazer o pré-natal e os exames para detectar as hepatites. Esse cuidado é fundamental para evitar a transmissão da doença da mãe para o bebê.
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