quarta-feira, 4 de abril de 2012


Sesab confirma quinta morte por dengue hemorrágica em 2012 na Bahia

O último boletim epidemiológico da Sesab, com dados referentes até o dia 24 de março, contabiliza outras quatro mortes provocadas por dengue hemorrágica.
Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (Sesabconfirmounatarde desta quarta-feira (4), a quinta morte provocada por denguehemorrágica neste ano na Bahia. Um exame constatou que a mulherde 59 anos que morreu na noite do último sábado (31), em Salvador,foi vítima da doença
 
Nerivalda Almeida de Oliveira ficou internada durante três dias comsuspeitas de dengue no Hospital Regional Vicentina Goulart, emJacobina, a 330 quilômetros de Salvador. Na sexta-feira (30), ela foiencaminhada para a capital baiana e internada no Hospital Aliança.
 
Nerivaldaque sofria de hipertensão e diabetes, morreu por voltadas 22h30 de sábado. Um teste rápido feito no laboratório do Hospital Aliança confirmou a doençaMas o resultado do exameespecífico  foi divulgado nesta quarta-feira (4). 
 
corpo de Nerivalda foi levado para Jacobina e enterrado às 17h dedomingo (1), no Cemitério Jardim da Saudade.
 
Morte de médico 
 
Em 21 de fevereiro, um médico que trabalhava em Jacobina morreuvítima da doença. Igor Caldas Porto, 31 anoschegou a serinternado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital São Rafael, em Salvador, mas não resistiu e morreu.O médico era natural de Ilhéuscasado e morava na capital baianaapesar de trabalharem um hospital e clínicas de Jacobina.
 
50 casos da doença 
 
último boletim epidemiológico da Sesab, com dados referentes atédia 24 de marçocontabiliza outras quatro mortes provocadas pordengue hemorrágica. As mortes ocorreram em Salvador, Jacobina,Conceição do Jacuípe e Guanambi
 
No total, 50 casos de formas mais graves da doença foramregistrados em 23 municípios da Bahia.As informações são doCorreio.

OMS celebra Dia Mundial da Saúde com campanha sobre envelhecimento saudável

População com mais de 60 anos será maior que a de crianças com menos de 5 anos
A OMS (Organização Mundial da Saúde) alerta os países para adoção de medidas que garantam o envelhecimento saudável da população. Esse é o tema escolhido pela entidade para o Dia Mundial da Saúde, a ser celebrado no próximo sábado (7), e que marca os 64 anos de fundação da entidade.

O alerta da OMS decorre da previsão de que, dentro de poucos anos, pela primeira vez, a população com mais de 60 anos de idade será maior que a de crianças com menos de 5 anos. Até 2050, 80% dos idosos estarão vivendo em países pobres ou em desenvolvimento.

De acordo com as recomendações da OMS, as autoridades de saúde precisam conter as doenças crônicas não transmissíveis que mais atacam os idosos, como ataque cardíaco, câncer, diabetes e doenças pulmonares.
De acordo com a diretora-geral da OMS, Margareth Chan, as pessoas em países pobres têm risco, quatro vezes mais maior, de morrer ou sofrer alguma deficiência por causa de uma doença crônica em comparação as que vivem em nações ricas.

Chan observa que a maioria das enfermidades relacionadas à velhice pode ser prevenida ou submetida a tratamento de baixo custo. Exemplo disso é o controle da pressão sanguínea, fator de diminuição do risco de infarto. No entanto, menos de 15% dos idosos em países pobres e em desenvolvimento adotam procedimentos para controlar a pressão alta.

A organização recomenda a adoção de medidas para diagnóstico precoce de doenças crônicas e a promoção de hábitos saudáveis em todas as faixas etárias.

Ajuda no combate ao câncer recebe benefício fiscal

Objetivo é elevar os gastos privados na prevenção e combate da doença
A presidente Dilma Rousseff aproveitou a presença de dezenas de empresários e o interesse da indústria no pacote de incentivos, anunciado nesta terça-feira (3), para lançar um benefício fiscal para quem decidir ajudar entidades que lutam contra o câncer.

Batizado de Pronon (Programa Nacional de Apoio à Atenção Oncológica), o mecanismo tem como objetivo elevar os gastos privados na prevenção e combate da doença. O programa permite que pessoas físicas e pessoas jurídicas deduzam da declaração do seu imposto de renda qualquer doação ou patrocínio de "entidades associativas ou fundacionais dedicadas à pesquisa e tratamento do câncer".

Na prática, porém, a iniciativa só dará resultados práticos no ano que vem, porque a regra da declaração do Imposto de Renda deste ano já está em vigor. Para 2013, o governo estima abrir mão de R$ 305,8 milhões em imposto, que seria pago por contribuintes que doaram para entidades que atuam na área oncológica.

No ano de 2014, a estimativa do governo é de uma renúncia fiscal de R$ 337 milhões. O governo já havia elevado neste ano o valor que o contribuinte pode deduzir com gastos em educação de R$ 2.830,84 para R$ 2.958,23 por pessoa.

Segundo o Ministério da Saúde, a soma das deduções de impostos não poderá exceder 4%, no caso das pessoas jurídicas, e 6% para as pessoas físicas. 

quarta-feira, 28 de março de 2012

Beber álcool com moderação reduz risco de morte de homens pós-infarto

Probabilidade diminui de 14% a 42% comparada a de homens abstêmios.
Moderação significa tomar duas doses de bebida alcoólica por dia.


Homens que bebem álcool moderadamente e que sobreviveram a um primeiro infarto correm menos risco de morrer do que os que passaram pelo mesmo problema mas são abstêmios. É o que dizem as últimas descobertas de um estudo publicado nesta quarta-feira (28) na versão online do "European Heart Journal"
A pesquisa mostra que, depois de ter sobrevivido a um primeiro ataque cardíaco, homens que bebem cerca duas doses de bebidas alcoólicas por dia durante um longo período de tempo têm um risco 14% menor de morte por qualquer causa e um risco 42% menor de morrer por doença cardiovascular do que os que não-bebedores.
A coordenadora do estudo, Jennifer Pai, professora assistente do Departamento de Medicina do Hospital Brigham and Women e da Escola de Medicina Harvard afirmou em material de divulgação: "Nossos resultados demonstram claramente que a longo prazo o consumo moderado de álcool entre os homens que sobreviveram a um ataque cardíaco foi associado com um risco reduzido de mortalidade total e cardiovascular".
"Descobrimos também que entre os homens que consumiam quantidades moderadas de álcool antes de um ataque cardíaco, aqueles que continuaram a consumir álcool "com moderação" depois também tiveram melhor prognóstico a longo prazo", explicou Pai.
Embora já se saiba que o consumo moderado de álcool está associado a um menor risco de doença cardíaca e de morte na população saudável, até agora não estava claro se ele também poderia estar relacionado a menores taxas de morte entre as pessoas que adquiriram uma doença cardíaca. Não havia nenhum estudo prospectivo que tivesse medido o consumo de álcool, tanto antes como após um ataque cardíaco, com longo prazo de seguimento.
A pesquisadora e seus colegas analisaram um subconjunto de 1.818 homens que haviam sobrevivido a um primeiro ataque cardíaco entre 1986 e 2006. Durante este período, 468 homens morreram.
No período de análise, os pesquisadores os questionaram sobre o seu consumo de álcool e dieta, durante quatro anos, além de avaliarem hábitos de estilo de vida, como o tabagismo e o índice de massa corpórea (IMC) a cada dois anos.
Tipo de bebida não altera resultado
Os homens relataram sua ingestão média de cerveja, vinho branco e tinto, e as bebidas destiladas que costumavam consumir. Uma parcela padrão foi especificada como um copo (125 ml) de vinho (que contém 11g de etanol - o álcool na bebida), uma garrafa ou lata de cerveja (12,8 g de etanol) e uma dose de bebida destilada (14g de etanol ).
Os homens foram divididos em quatro grupos com base na quantidade que bebiam: 0g, 0,1-9,9g, 10-29,9g, e 30g ou mais por dia. Aqueles que bebiam entre 10 e 29,9g de álcool por dia - o equivalente a cerca de dois drinques - foram classificados como bebedores "moderados".
Após o ajuste de diversos fatores que poderiam afetar os resultados, tais como tabagismo, IMC, idade e tratamentos médicos, os pesquisadores descobriram que os homens que consumiram aproximadamente duas bebidas alcoólicas por dia depois de seu primeiro ataque cardíaco tiveram um risco menor de morte por qualquer causa do que os não bebedores. O tipo de bebida não afetou os resultados.
Quando observaram os níveis de consumo de álcool antes e depois do ataque cardíaco, eles descobriram que a maioria dos homens não mudou seu hábito de beber, e também que aqueles que bebiam antes e depois tenderam a ter um menor risco de morte do que os não-bebedores. No entanto, devido aos números menores nesta análise, os resultados não foram estatisticamente significativos.
"Os efeitos adversos à saúde pelo consumo excessivo são bem conhecidos, e incluem a pressão arterial elevada, a função cardíaca reduzida e a redução da capacidade de dissolver os coágulos sanguíneos. Além disso, outros estudos têm mostrado que os benefícios de beber são totalmente eliminados após episódios de compulsão", disse a pesquisadora.

Apenas 1% segue sete hábitos para coração saudável nos EUA

Ordem é não fumar, fazer exercícios e controlar pressão, glicose, colesterol e peso

As autoridades sanitárias de todo o mundo recomendam sete práticas que melhoram a saúde cardiovascular e aumentam a expectativa de vida, evitando infartos ou acidentes cardiovasculares. No entanto, uma pesquisa recente nos Estados Unidos afirma que apenas 1,2% dos 45 mil adultos consultados seguem estas sete dicas.
Os sete hábitos para um coração saudável são: não fumar, fazer exercícios, controlar quatro fatores - pressão arterial, glicose, colesterol e peso corporal - e adotar uma dieta balanceada.
Mas segundo o estudo da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de Harvard, este foi o grupo que justamente apresentou menor risco de morte por AVC.
Os problemas cardiovasculares já são a principal causa de morte em todo o mundo, segundo a Organização Mundial da Saúde. A OMS estima que a cada ano, 17 milhões de pessoas morrem devido a este tipo de problema. Mais de 80% das mortes acontecem em países de baixa renda.
Apesar de estas mudanças de hábitos poderem salvar vidas, a pesquisa publicada pela revista científica Journal of the American Medical Society diz que poucas pessoas realmente levam as recomendações a sério.
Condutas 'opostas'
Os cientistas usaram dados de uma sondagem nacional com quase 45 mil pessoas com mais de 20 anos em três períodos distintos: de 1988 a 1994, de 1999 a 2004 e de 2005 a 2010.
Nestes três intervalos, foi revelado que apenas 1,2% das pessoas seguiam as recomendações.
A incidência de fumantes diminuiu entre 23% e 28% desde 1988, mas não houve nenhuma alteração nos níveis médios de pressão arterial, colesterol ou massa corporal.
Quando os pesquisadores analisaram as taxas de mortalidade, descobriram que quem seguia pelo menos seis das sete recomendações tinha 51% menos chances de morrer por qualquer outra causa, em comparação com aqueles que seguiam apenas um dos hábitos. Além disso, o risco de transtornos cardiovasculares caiu em até 76%.
Segundo as estatísticas, os grupos de pessoas que seguiam mais fielmente as recomendações eram mulheres, jovens, indivíduos brancos não-hispânicos e pessoas com maior escolaridade.
Para o professor Donald Lloyd-Jones, da universidade americana de Northwestern, o retrato da pessoa com coração saudável nos Estados Unidos é 'uma mulher jovem, branca e com bom nível escolar'.
'A saúde cardiovascular ideal é perdida rapidamente após a infância, adolescência e juventude, devido à adoção de condutas adversas de saúde vinculadas à dieta, ao peso e ao estilo de vida sedentário, particularmente em camadas da população de piores níveis socioeconômicos.'
Para Lloyd-Jones, o problema já extrapola os serviços de saúde pública, que sofrem com as consequências dos maus hábitos da população.